Carnaval: Da Origem à Bahia
Written by Adonai Estrela Medrado   
Monday, 30 June 2008 21:22

Sobre

Este material é de autoria de Adonai Medrado, Patrícia Oliveira e Sorailde Anúsia e foi apresentado à Universidade Salvador em maio/2008.

Introdução

O carnaval faz parte da cultura brasileira. A cultura sofre renovação e atualização, não sendo estanque e não se manifestando uniformemente em todos os grupos sociais.

Os festejos do Carnaval acontecem em várias partes do mundo. Suas origens remetem a tempos antes da era cristã, porém no Brasil suas proporções são marcantes e mundialmente reconhecidas.

Este material tem como objetivo apresentar a história do Carnaval desde a sua origem até os dias atuais enfocando os eventos mais pertinentes na história do Brasil e da Bahia. Para isto, foi realizado uma pesquisa bibliográfica, como também utilizou-se das memórias e recordações dos autores.

Origem do Carnaval

Existe uma divergência das principais referências consultadas a respeito da origem do carnaval. Segundo Xerez (s.d.), o Carnaval tem sua origem entre 605 e 527 a.C. com os cultos agrários da Grécia para comemorar a fertilidade e produtividade do solo tão importante para o homem agrícola. Já Carnaval Salvador (s.d.) remete a uma festa com o nome de Saturnálias iniciada na Itália em homenagem a Saturno. Porém as fontes concordam que o Carnaval permaneceu desvinculado da Igreja Católica, portanto pagão, até 590 d.C.

O primeiro foco carnavalesco foi o Egito, onde cantava-se e dançava-se em volta de fogueiras, utilizando-se máscaras e disfarces. Xerez (s.d.) remete a este momento como uma primeira tentativa de quebra das barreiras sociais: “Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais.” (XEREZ, s.d.). Acredita-se que a separação da sociedade em classes favoreceu a utilização da festa como válvula de escape com uma conseqüente aproximação da festa do sexo e da bebida.

Em Roma também havia uma quebra da hierarquia social: escravos filósofos e tribunos1 misturavam-se em praça pública. Segundo Carnaval Salvador (s.d.), é também nos domínios do Império Romano, no seu processo de expansão, que a festa ganhou maior animação.

Mas foi a partir de Veneza que o Carnaval se difundiu para o mundo e agregou algumas das características atuais tais como máscaras, fantasias, carros alegóricos e desfiles. (XEREZ, s.d.).

A medida em que a Igreja Católica se solidificava, começavam a surgir sinais de censura aos festejos. Porém em 590 a Igreja Católica oficializa a festa, visto que não era possível proibir o Carnaval, entretanto, eram impostas e realizadas “cerimônias oficias sérias para conter a libertinagem” (XEREZ, s.d.). Assim, passa a existir o Carnaval Cristão, mas

querendo impor uma política de austeridade, a igreja (sic) determina que esses festejos só deveriam ser realizados antes da Quaresma. [...] Os italianos adotaram, então, a palavra Carnevale, sugerindo que se poderia fazer Carnaval “ou o que passasse pelas suas cabeças” antes da Quaresma, numa espécie de abuso da carne. (CARNAVAL SALVADOR, s.d.).

 

O Carnaval é reconhecido pelo Concílio de Trento em 1545 como uma manifestação popular de rua.

Em 1582, o Papa Gregório XIII transforma o Calendário Juliano em Gregoriano e estabelece as datas do Carnaval. O motivo da mobilidade da data é não coincidir com a Páscoa Católica, que não pode ter data fixa para não coincidir com a Páscoa dos judeus. (XEREZ, s.d.)

A festa chegou a Portugal entre os séculos XV e XVI com o nome de Entrudo, com características essencialmente gastronômicas, mas com brincadeiras agressivas e pesadas. No Brasil o Carnaval chega em 1723. (XEREZ, s.d.)

Carnaval no Brasil

A origem da festa se perde no tempo, visto que antes de Cristo, povos já se reuniam com rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita.

Brasil colônia a atualidade

Registra os primeiros indícios, quando os negros desembarcados na antiga capital e os emigrados da Bahia se reuniam perto do porto carioca para cantar e dançar nas horas de folga, ao som de instrumentos rústicos.

Eram as primitivas rodas de samba, nas quais as baianas se destacavam, que de dia vendiam quitutes em tabuleiros à noite mostravam toda sua cadência.

Estas rodas foram crescendo e os batuqueiros formados por gente humilde subiram os morros. Apareceram então as primeiras denominações carnavalescas: cordões, blocos e ranchos, corsos.

Cordões

Os cordões nasceram da festa de Nossa Senhora do Rosário – padroeira das confratarias negras. Dos cordões participavam sambistas tradicionais como Donga e João da Baiana, importantes na formação das escolas de samba.

Blocos

Os blocos eram formados por amigos que trabalhavam juntos ou moravam no mesmo bairro.

Ranchos

Os ranchos eram uma espécie de cordão, só que mais organizados e elitizados, com a presença feminina e instrumentos mais ricos como o violão, cavaquinho, flauta e clarinete. Tinham músicas próprias, marcha e samba, porta-estandarte e coreografia.

Corsos

Os corsos eram desfiles de carros enfeitados, cheios de gente fantasiada, jogando confete e serpentina para todo lado.

Sociedades

Contrastando sugiram as sociedades: formadas por branco de classe média e aristocratas que se reuniam para discutir negócios, jogar cartas e preparar o carnaval. Nos desfiles lançavam desafios umas as outras em versos de poetas conhecidos, como Olavo Bilac e Emílio de Menezes. Faziam sátiras aos governos e defendiam movimentos sociais, como a libertação dos escravos.

Em 1864, a sociedade não desfilou, porque doou o dinheiro arrecadado entre os sócios para alforria de doze escravos.

A riqueza do carnaval brasileiro deve muito as sociedades que faziam festas coloridas, com mulheres arrumadas, fantasias luxuosas, carros alegóricos e fogos de artifícios.

No ano de 1899 Chiquinha Gonzaga compõe a primeira marcha carnavalesca Abre Alas, conhecida até os dias de hoje.

Carnaval pelo Brasil

No Brasil, o Carnaval é hoje uma grande festa de rua, com características diferentes em cada região. No Rio de Janeiro, o samba e os desfiles das escolas. Em Pernambuco, nas cidades vizinhas de Recife e Olinda, há um Carnaval dos mais tradicionais do Brasil, com músicas e danças próprias. O Carnaval é curtido nas ruas. Divide-se em blocos de frevo, maracatu, caboclinhos e outros, como coco e ciranda. Em Recife, na manhã do Sábado de Aleluia, há o galo da madrugada, que junta grande parte dos blocos e trios do Carnaval. Em Olinda, os blocos com seus bonecos gigantes de pano e papel machê. Em Ouro Preto, Minas Gerais, o bloco do Zé Pereira dos Lacaios, criado há duzentos.

O fofão é um dos brinquedos mais adorados pelas crianças de São Luis. É uma tradição tentar pegar a boneca que fofão carrega na mão.

O Carnaval maranhense conta com a brincadeira do baralho preto-e-branco que critica a época da escravidão no Brasil. Em Salvador, os trios elétricos, seguidos por uma multidão que pulam e cantam pelas ruas e avenidas.

Micaretas

Popularmente conhecido com o carnaval fora de época. Acontece por todo o Brasil, sendo os mais badalados: Feira de Santana (Ba), Carnatal (RN), Fortal (Ce), Pré Caju (Aracaju), Carnaporto (Porto Seguro) e Jacofolia (Jacobina), entre outros.

As diversas faces do Carnaval da Bahia

O Carnaval de Salvador é uma das maiores manifestações populares do Mundo. Reune todos os anos cerca de dois milhões e setecentos mil foliões em seis dias de festa, numa manifestação espontânea e livre, onde o carnal, o lúdico e o físico se misturam com a ginga e a emoção dos baianos que conseguem renovar a festa a cada ano.

O som eletrizante do trio é a marca para que nos três circuitos: Osmar - Avenida, Dodô- Barra-Ondina e Batatinha no Centro Histórico haja uma verdadeira explosão de alegria. São 16 afoxés, 41 afros, 15 alternativos, 45 blocos de trio, 03 especiais, 02 de índios, 07 infantis, 17 pequenos grupos, 33 de percussão, 06 orquestras, 12 de travestidos e 30 trios independentes (cadastrados pela emtursa) fazendo do carnaval de Salvador uma festa singular porque única.

A Cidade do Carnaval ocupa uma área de 25 quilômetros, abrigando camarotes, arquibancadas, postos de saúde, postos policiais, além de toda uma infra-estrutura especial montada pelos diversos órgãos municipais, estaduais e federais. Nos seis dias, como nos remete a própria marca da festa, “O coração do mundo bate aqui”, Salvador recebe gente dos quatro cantos do mundo que se unem para viver a mesma emoção.

A História do Trio Elétrico

Depois de participarem do desfile da famosa "Vassourinha", entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a dupla elétrica formada por Adolfo Antônio Nascimento - o Dodô e Osmar Álvares de Macêdo - Osmar resolveram restaurar um velho Ford 1929, guardado numa garagem.

Na primeira aparição o trio elétrico de Dodô e Osmar aconteceu no ano de 1950 às 17h do domingo de Carnaval, durante o desfile do bloco dos Fantoches da Euterpe, a Fobica foi recebida com vaias de um lado e aplausos do outro. Na época a praça Castro Alves ainda não era a praça do povo, como cantou há mais de 100 anos o poeta. Era o cenário onde as elites baianas faziam o seu carnaval. Primeiro com os carros alegóricos dos clubes, depois com carros conversíveis americanos. A diretoria trajada a rigor (de fraque e cartola), pediu para que a "dupla elétrica" desligasse o carro de som. Quando eles obedeciam, a multidão gritava pedindo que voltassem a tocar as marchinhas de frevo. Por fim, venceu a turma do "quero mais" e a fobica elétrica, com os músicos tocando os chamados "paus elétricos" levantou a poeira das ruas até a terça-feira.

Hoje os Trios Elétricos tornaram- se verdadeira instituição do carnaval da Bahia e revolucionaram a história da festa. Hoje, grandes carretas carregadas com instrumentos elétricos de som e material potente, verdadeiros estúdios, palcos ambulantes, comandam a animação dos foliões fazendo a festa grandiosa que é o Carnaval.

Os Anos 70

Na década de 70 a praça Castro Alves foi o palco da ascensão e apogeu do Carnaval baiano.
Surgiram os "Novos Baianos". Influenciados pela contracultura e pela emergente Tropicália, Luiz Dias Galvão, Morais Moreira, Paulinho Boca de Cantor e Baby Consuelo ousaram e colocaram algumas caixas de som no trio, além de equipamentos transistorizados inserindo elementos universais renovando mais uma vez a cara da festa.
Como se não bastasse tantas mudanças, uma ainda mais radical ocorreu no Carnaval 74. Com o surgimento do bloco "Afro Ilê Aiyê". A entidade deu início ao processo de reafricanização da festa contribuiu com a aparição do afoxé "Badauê" e o renascimento do afoxé "Filhos de Gandhy". Era o começo do crescimento cultural do Carnaval de Salvador; que passou a enfatizar os conflitos e a protestar contra o racismo.

Em 1975 o trio elétrico "Dodô e Osmar" comemorou o jubileu de prata e retornou definitivamente à cena carnavalesca após um período de 14 anos afastado. O trio voltou com uma nova formação incluindo o músico Armandinho, filho de Osmar, e mudou o nome para "Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar".

Anos 80

No início dos anos 80, o Carnaval de Salvador se modernizou ainda mais o bloco "Traz Os Montes" inovou, trazendo para os trios elétricos com equipamentos transistorizados, instalação de ar condicionado instalação de caixas de som substituindo as antigas bocas de alto-falantes, eliminou da tradicional percussão que ficava nas partes laterais do trio e inseriu uma banda com bateria, cantor e outros músicos em cima do caminhão.

Em 1981, o bloco Eva, surgido em 1980 vem trazer mais inovações para o Carnaval contratou engenheiros fazendo uma reestruturação no trio trazendo do Estados unidos um novo sistema de sonorização chamando atenção do público e da crítica com a diferença gritante entre os seus equipamentos e os demais, assim como a qualidade dos cantores e das bandas, obrigando os outros blocos a investirem também em seus trios.Neste mesmo ano o Governador da Bahia assina o Decreto nº 27.811, que determina a suspensão do expediente nas repartições públicas na sexta-feira da semana anterior ao carnaval.

No ano de 1983, surgiram entre 30 e 40 ritmos trazendo mais uma vez renovação.

Paralelo da música do Carnaval da Bahia

Mais tarde, Moraes Moreira, dos Novos Baianos teria a idéia de subir num trio (que era apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da axé music.

As origens do axé estão na década de 1950, com as “guitarras baianas” de Dodô Osmar e com o nascimento do trio elétrico, atração do carnaval baiano que Caetano Veloso chamou a atenção em 1968 na canção "Atrás do Trio Elétrico".

Paralelamente ao movimento dos trios, aconteceu o da proliferação dos blocos-afro: Ilê Aiyê,Filhos de Gandhi, Muzenza, Araketu e Olodum. Que chegaram tocando ritmos africanos como o ijexá, brasileiros como o maracatu o samba e caribenhos como o merengue. Com a cadência e as letras das canções de Bob Marley misturados à música Latina e o traço de afirmação da negritude surgiu um novo ritmo em Salvador e fez sucesso com artistas como com artistas como Tonho Matéria, Gerônimo, Banda Reflexus e Bamda Mel.

Com o crescimento do mercado da Musica Baiana, logo, Luiz Caldas (do trio Tapajós) e Paulinho Camafeu tiveram a idéia de juntar o frevo elétrico dos trios e o ijexá. Surgiu assim o "Deboche", que rendeu em 1986o primeiro sucesso nacional daquela cena musical de Salvador: Fricote, gravado por Caldas. A modernidade das guitarras se encontrava com a tradição dos tambores uma mistura toda especial. Com esta inovação eclode uma nova geração de estrelas no Brasil: Chiclete com Banana, Sara Jane, Cid Guerreiro, Marcia Freire e Margareth Menezes (a primeira a engatilhar carreira internacional, com a bênção do líder da banda americana de rock Tolking Heards, David Byrne) Pouco tempo depois, o Olodum seria convidado pelo cantor e compositor americano Paul Simon para gravar participação no seu disco..

Após a década de 90 o Axé Music perdeu forças para música internacional. Desta forma, os gêneros musicais brasileiros, até mesmo o pagode, saíram do sucesso máximo nas rádios, bares, restaurantes e clubes.

Paralelamente, surgiu uma nova manifestação musical no estado da Bahia que trouxe sama de volta à música baiana, mas agora não na forma de samba de roda, mas uma mistura entre o samba, pagode e reggae das músicas latinas e a presença do carácter de negritude com os atabaques na música. E, apesar de o samba reggae ter origem na Bahia, não é considerado Axé e sim um estilo da MPB independente e inovador.

A música baiana avançaria mais ainda na direção do pop quandoem 1992 o Araketu injetou música eletrônica em seus tambores, e o resultado foi o disco Araketu, lançado apenas na Europa.

No mesmo ano Daniela Mercury lançaria, O Canto da Cidade, e o Brasil se renderia de vez ao axé. Surgindo aí o movimento que trouxe Ricardo Chaves, Asa de àguia e outros artistas. Enquanto o axé se fortalecia comercialmente, alguns nomes buscavam alternativas criativas para a música baiana. O mais significativo deles foi a Timbalada liderado por Carlinhos Brown com a proposta de resgatar o som dos timbaus, incorporação de várias tendências do pop e da MPB à música baiana.

Nesse interim nomes de sucesso da música baiana multiplicavam-se: Banda Beijo Jamil e Uma Noites e Bragadá são exemplos desta fase.

A nova fase traz a releitura do pagode a mistura de ritmos locais como o samba-reggae e samba duro, trazidos por bandas como o Gera Samba, de lá para cá o movimento se multiplicou e surgiram inúmeras bandas fazendo com que o ritmo dominasse o Carnaval da Bahia.

O Carnaval da Bahia se diversificou de tal maneira que hoje integra, as mais variadas manifestações e pessoas de todas as camadas sociais no mesmo ambiente. Dentro dos blocos de trio, na “pipoca” em meio à multidão, ou sobre os recém criados e superluxuosos camarotes o povo movimentar a engrenagem desta grande fabrica de sonhos, chamada Carnaval

Os Afoxés

São entidades carnavalescas e trazem diversos elementos do Candomblé. Surgiram desde 1885 Apresentam-se cantando na língua nagô. valorizando através da indumentária, dos atabaques e dos agogôs à cultura africana.

Os Blocos Afros

Os Blocos-afros trazem através da indumentária, dos ritmos e das letras aspectos das culturas da Africa. Valorizando e revivendo as tradições africanas. Os blocos afros mais famosos são: Araketu, Ilê Aiyê, Malê DeBalê e Olodum.

Blocos de Travestidos

Os blocos de travestidos se tornaram uma atração à parte no carnaval baiano, abrilhantando a grande festa, com uma irreverência fora do comum. As Muquiranas o mais famoso deles trazem para a Avenida mais de três mil componentes que trazem graça e purpurina, a alegria e a liberdade de expressão do carnaval.

Blocos Alternativos

Os Alternativos desfilam entre a quinta-feira e o sábado de carnaval. “Puxados” pelos trios elétricos eles surgiram em 1994 com a idéia de integração já que eram mais acessíveis do que os tradicionais.

Pipoca

O folião pipoca é aquele que não teve acesso ao abadá nem aos camarotes, ou seja, aquele que dança fora destes grupos organizados (blocos) e aproveitam a passagem dos trios na rua ou seguem os trios independentes.

Camarotes

Os camarotes são a opção para quem não quer o agito da multidão dos blocos e não quer deixar de participar da festa. Hoje os camarotes possuem uma rica estrutura de lazer, com bares, salões de beleza, pista de dança, espaço para shows e até restaurantes de grife.

Condição Atual

Hoje sem dúvida alguma, o Carnaval de Salvador é uma das maiores festas de rua do mundo em questão de público, audiência, participação independente de classe social, cor ou credo. Todos os anos, dezenas de trios elétricos dão um verdadeiro show de alegria e muita paz para todo o mundo.

Considerações Finais

Através de um apanhado histórico e um trabalho de memória, apresentou-se as origens do carnaval desde a Grécia, passando pelo Império Romano, Veneza e Portugal até se chegar ao Brasil e à Bahia.

Percebe-se que ocorreram diversas modificações, justificadas pelo fato de os costumes e festejos não serem simplesmente transplantados inalterados de um grupo para o outro. Cada um inclui suas percepções da realidade, leituras do mundo, manifestações artísticas e culturais, adaptando e modificando o novo.

Existiram ao longo do tempo influências de ideologias. A igreja católica interferiu e interfere na manifestação sendo inclusive a instituição que determinou o calendário das festas. Apesar disto, a festa mantém no Brasil e na Bahia seu caráter alegre, de festejo presente desde sua origem.

Notas de Rodapé

1Tribuno era, na antiga Roma, um magistrado que “(...) estava encarregado de defender os direitos e interesses do povo junto ao Senado”. (HOUAISS, 2008)

Referências

CARNAVAL SALVADOR. História do Carnaval: viagem no tempo. [s.d.]. Disponível em: <http://www.carnaval.salvador.ba.gov.br/Historia_ViagemTempo.asp>. Acesso: 11/03/2008.

HOUAISS. Dicionário Houaiss da lingua portuguesa. Edição Eletrônica. 2008. Disponível em: <http://houaiss.uol.com.br/>. Acesso: 05/05/2008.

XEREZ, Tatiana. A Origem do Carnaval. [s.d.] . Disponível em: <http://www5.estrelaguia.com.br/bin/paginas/686.php>. Acesso: 11/03/2008.

 

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